Estou aqui para defender os quadrinhos como uma forma viável de literatura. Sim, pois consigo constatar em meu cotidiano que há uma ideia generalizada e, por que não, banalizada das histórias em quadrinhos.
Eu gosto de desenho. Sou fascinada por qualquer desenho. E quando comecei a ler gibis, comecei a ficar fã. Tinha uns desenhos engraçadinhos e os balões sem nexo ( com uns 6 ou 7 anos, era sem nexo pra mim). Meus irmãos tinham montanhazinhas de gibis da Disney e da Turma da Mônica. E depois, um tio meu deixou uns outros tipos de gibi, daí avancei pros Conans e Wolverines da vida. E depois nunca mais parei. Radicci, Scott Pilgrim, Calvin e Haroldo, Recruta Zero, Fritz the Cat, Turma da Mônica Jovem ( tá, esse último a gente desconsidera, pode ser?), enfim, todos esses nomes são personagens de histórias em quadrinhos. E são tão obras literárias quanto um livro do Veríssimo ou um Sidney Sheldon. Olha, eu posso ser louca de dar tamanha importância para este tipo de livro, mas é algo que faz parte da minha vida. Nada mais natural que eu venha aqui no meu território e defenda.
Esses dias, o professor de história mandou a gente fazer uma resenha de um livro que fosse ambientado na Idade Média, na Revolução Industrial ou no Comunismo. Bem, e eu não sabia o que ia fazer, daí vi um livro que eu tinha comprado nas férias. Um livro em quadrinhos. Esse aqui :
( Fritz the Cat)
Mas enfim, o livro mostra literariedade, pois ele consegue retratar as gírias, os locais os anseios e desejos de uma época (AH, FALEI BONITO AGORA!). É uma boa leitura caso você goste de história, de animais que andam e falam que nem humanos, de loucuragens ou de sacanagem mesmo.
E tem um outro que eu li recentemente que é muito bom, mas MUITO BOM MESMO. Ó, esse aqui :
O que esses livros mostram? Que dá pra fugir completamente do estereótipo de que história em quadrinhos só tem super-heroi. MENTIRA DESLAVADA! Eu sou fã do Wolverine e dos X-Men, mas gosto de uma história que fuja deste semblante de ter um cara com superpoderes e crises existenciais de super-heroi como protagonista.
Isso não vai me fazer menos leitora ou menos culta do que eu ler um Machado de Assis da vida. Ao contrário, só complementa. Quem acha que é maçante é porque tá se achando o adultinho cult, ou porque não tem o ávido prazer de ler simplesmente por só ler. Tá certo que a gente tem que ler e entender, mas se não vê o desenho como texto da história tanto quanto as partes escritas, é melhor rever seus conceitos e ler uma HQ. Antes que seja tarde demais.
EU TAMBÉM LEIO... e recomendo!!!
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